Logicismo
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Tenho amor propositivo.
Sendo oração, faz de mim sujeito,
com predicado focado em você.
Ele se declara...
Não pode interrogar;
nem se exaltar, exclamando.
Entre a verdade e possíveis mentiras
(possibilidades),
apenas uma deve vingar!
O amor poderia negar-se a si mesmo?
Se amar for ‘p’;
se desamor for ‘q’...
Quê?
Que se danem as proposições!
Conecto-me.
Sou conjunção.
Sou disjunção.
Para todas, entretanto,
Imponho condicionais.
Meu amor é tautológico!
Na tabela-verdade, só o que existe,
ao final,
é a verdade do amor...
O amor com suas implicações
e
equivalências.
Sendo fruto de relações humanas,
o amor se permite quantificar...
Das sentenças abertas que se criam,
quando negamos proposições,
o que sinto, enquanto humano,
é que o mais importante é amar.
Verdade?
Mentira?
Quem arriscaria quantificar?
Crato/CE, 21 de outubro de 2014.
17h21min
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