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VELHO CARRO DE BOI
(Sócrates Di Lima)

Portantas terras ele andou,
Por tantas porteiras passou,
Mas é um tempo distante que se foi,
As corridas nos carros de boi.carro.

Sob as paineiras hoje tão velhas,
Velhas saudades que doi,
À frente das comitivas
Nas vaquejadas, seguia o carro de boi.

Tantas vidas trasportou,
Tantos sentimentos carregou,
Tantas cargas suportou,
saudades que o carro de boi deixou.

Puxando as sacas dos cafezais,
Tantas cargas dos canaviais,
Nas viagens das familias às cidades,
Que hoje descarregam nas saudades.

Tantas louras e morenas nas janelas,
Á espera dos seus majestosos peões,
Era como passarelas....
O carro de boi no sertões.

E é assim as histórias,
Que da mente do homem da roça nunca se foi,
Só quem viveu, tem suas eternas memórias,
Vividas nas estradas nuas, nos carros de boi.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 14/09/2014
Reeditado em 14/09/2014
Código do texto: T4961443
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