Sete Anos depois

É recompensador olhar para trás

E ver que já se passaram sete anos

Desde o dia em que as noites

De Dã e Geiziane

Não foram mais solitárias.

Desde o dia em que diante do altar

Com o encontro de ambos os lábios

Houve juras de amor eterno

Em meio às doces palavras.

Onde amigos e testemunhas

Alegraram-se em escutá-las.

Há sete anos desfrutam

O prazer da companhia

Um sendo calor para o outro

Em meio às noites frias.

Há sete anos desconhecem

O que é a solidão.

Pois mesmo distantes um do outro

Estão ligados em uma divina união.

Sete anos...

Quantos sete meses

Já ficaram para trás.

Quantos sete dias

Foram registros de imensas alegrias.

Quantas sete horas foram horas de agonia

Por uma breve despedida.

Em que Geiziane aguardava

Ansiosamente o seu querido esposo Dã.

Com a mesa do jantar já preparada

E encantadoramente como uma bela princesa

Esplendidamente bem vestida.

Contava as horas para escutar

O barulho da chave removendo

A tranca da porta no final de mais um dia.

Sete anos...

É o sete das bodas de lã

A lã que se transforma em luvas

Para aquecerem as mãos.

As mãos que tocam

As mãos que as fazem carinhos.

As mãos que seguram

As mãos que as levantam

Quando um dos dois está caído.

As mãos que abraçam

As mãos que os confortam

Enxugando as lágrimas.

A lã que se transforma em blusa

Para esquentar o peito.

Para que o amor de um

Para com o outro estejam sempre

Transmitindo calor e anos após anos

Completamente vivos.

A lã que transforma em calça e meias

Que aquecem as pernas e os pés

Para que a caminhada de ambos

Sejam caminhadas de alegria.

Caminhadas de superação

Caminha de felicidade e infinitos sorrisos.

Sete não é a bodas apenas da lã

É a bodas também do latão.

O latão da durabilidade

O latão da resistência

O latão que é a força

Para que ambos

Continuem vencendo juntos

Aos maus tempos.

Tempo que se iniciou

A contagem a dois

No dia 1º de setembro

Precisamente no ano de dois mil e sete.

E hoje sete anos depois

Dã e Geiziane agradecem a Deus

Por que até aqui tem sido

O vosso sustento.

Salomão Silva
Enviado por Salomão Silva em 07/09/2014
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