MÃE!

Um dia me perguntaram

Quantos amigos eu tinha,

Que não se negariam a me ouvir,

E que mesmo que eu estivesse errada

Não me condenariam,

Mas tentariam mostrar aonde errei e como consertar...

Quantos deles seriam capazes,

De ver as minhas lágrimas rolando e não se deixarem também emocionar...

Qual deles seria capaz de tudo ouvir,

E ainda assim tentar me fazer sorrir...

Qual deles me deitaria no colo

E afagaria meus cabelos com olhar bucólico...

Qual dentre tantos

Sentiria o meu sentir

E me abraçaria aos prantos...

Qual deles me daria à mão

E me faria levantar do chão...

Foram indagações tão pertinentes,

Que me fizeram pensar em todos os amigos e parentes...

Mas a voz insistia nas perguntas,

E todas elas muito astutas...

Foi então que me disse,

Quem não vai dormir sem antes por ti pedir?

Quem que ao acordar imediatamente leva a você o seu pensar?

Quem que no decorrer do dia relembra seus momentos com nostalgia?

E eu já em lágrimas com a visão turvada,

Lembrei-me daquela que um dia deixei na encruzilhada,

Segui em frente e ela ali ficou parando olhando...

Por certo por mim orando...

E sem receio de errar a resposta,

Olhei para o céu e gritei para aquela voz que me interpelava...

Só há uma pessoa que tudo isso por mim faria...

É o anjo que colocaste em minha vida,

E deste o nome de Mãe!