Nunca mais.

Dói profundo em Minh ‘alma,

Relembrar aquelas atrocidades,

Nenhum um anjo que acalma,

Os corredores frios da maldade.

E embora seja muito obscuro,

Cantarolar a canção das flores

Que cantavam diante do muro

Onde ditavam aqueles horrores.

Nada mais triste em relembrar,

Dos olhos frios de um carrasco,

O corpo como pendulo a sangrar,

Antes de lançá-lo num penhasco.

Já não tenho mais as lagrimas,

Apenas as paginas manchadas,

No livro vermelho sobre trevas,

Vidas bestialmente dilacerada.

Eu nunca confiei na Redentora,

Que refaz a cegueira nacional,

Clamar pela volta da masmorra,

Ver os coturnos no roseiral.

Não tem versos sem rancor,

Pois não lembro com saudade,

Vem do palco todo o clamor,

Sonhar apenas pela liberdade.

Toninho.

01/04/2014

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 09/04/2014
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