Mulher menina
Povoados de muito amor
Eram os sonhos da menina
Longas tranças, olhos verdes
E um mundo por descobrir
Quis lhe dar o bom destino
Inteligência, doçura e tino
A pequena se destacava
Desde as primeiras letras
Sentia-se porém diferente
Em meio a tantas pessoas
Rapidez nas idéias concisas
Que voavam feito pássaros
Percebeu desde bem cedo
O existir causava medo
Aprendeu cedo a silenciar
A guardar na alma segredos
Na precoce adolescência
Talvez pelo árduo trabalho
Aliado ao aprendizado
Não viu o tempo passar
Subtraíram-lhe etapas
Adolescência, juventude
Enxergava o mundo rude
Duro como bola de gude
A menina adormeceu
Juntamente com os sonhos
Fez-se mulher guerreira
Superou o eu tristonho
Entregou-se aos estudos
Priorizou o conhecimento
Saiu em busca da verdade
Sem perder a simplicidade
Passaram-se algumas décadas
Colheu os frutos do amor
Distante do afeto sonhado
Vestiu-se de paz e coragem
Preparou-se para o mundo
Aprendeu a se dar valor
A conhecer sua capacidade
Em benefício da sociedade
Tornou-se poetisa, escritora
De versos, causos e contos
Vitoriosa hoje comemora
Nunca achou nada pronto
Mas este não é o ponto
O norte desta mulher
É o aprendizado constante
Que a torna feliz, radiante.
No retrovisor da alma
Enxerga etapas passadas
E a evolução espiritual
Como algo que faz bem
Se prantear ou se sorrir
Pouco importa o sentido
Porque o encanto reside
No simplesmente existir.
Ana Stoppa
Povoados de muito amor
Eram os sonhos da menina
Longas tranças, olhos verdes
E um mundo por descobrir
Quis lhe dar o bom destino
Inteligência, doçura e tino
A pequena se destacava
Desde as primeiras letras
Sentia-se porém diferente
Em meio a tantas pessoas
Rapidez nas idéias concisas
Que voavam feito pássaros
Percebeu desde bem cedo
O existir causava medo
Aprendeu cedo a silenciar
A guardar na alma segredos
Na precoce adolescência
Talvez pelo árduo trabalho
Aliado ao aprendizado
Não viu o tempo passar
Subtraíram-lhe etapas
Adolescência, juventude
Enxergava o mundo rude
Duro como bola de gude
A menina adormeceu
Juntamente com os sonhos
Fez-se mulher guerreira
Superou o eu tristonho
Entregou-se aos estudos
Priorizou o conhecimento
Saiu em busca da verdade
Sem perder a simplicidade
Passaram-se algumas décadas
Colheu os frutos do amor
Distante do afeto sonhado
Vestiu-se de paz e coragem
Preparou-se para o mundo
Aprendeu a se dar valor
A conhecer sua capacidade
Em benefício da sociedade
Tornou-se poetisa, escritora
De versos, causos e contos
Vitoriosa hoje comemora
Nunca achou nada pronto
Mas este não é o ponto
O norte desta mulher
É o aprendizado constante
Que a torna feliz, radiante.
No retrovisor da alma
Enxerga etapas passadas
E a evolução espiritual
Como algo que faz bem
Se prantear ou se sorrir
Pouco importa o sentido
Porque o encanto reside
No simplesmente existir.
Ana Stoppa