A cada Amanhecer um Natal
Naquela noite nada se ouvia,
Mas tudo se via pelas brancas areias
De um certo deserto alumiado
Por uma certa estrela, Belém...
O sonhar renovando-se... Ah! O amor!
De todas as verdades do sentimento,
Um sentir sempre além do seu tempo
Que engajam em muitas e muitas centelhas,
Em cálices resistentes as intempéries dos templos
D’onde a palavra não é somente dita... Uvas!
Da colheita o vinho de beber
E alcançar pela luz o infinito de nós,
Aquele refrão de um natal uno de unir,
Corações e mentes n’uma mesma canção
De alma e pranto de uma noite pura e feliz!
O que o Deus Menino nos trouxe
Os lábios não calam, pois o âmago responde
Em nuances perpetuas, por vezes indescritíveis,
Mas quem disse que a fé não remove montanhas?
A esperança nos move ao bem comum,
A um novo natal a cada amanhecer!
23/12/2013
Porto Alegre - RS