Viva o Paranoá!
Miguezim de Princesa
Uma cidade erguida
Da luta dos operários
Cujos míseros salários
Mal lhes sustentavam a vida.
Nas mãos, calos e feridas;
No peito, chama e esperança.
Homem, mulher e criança
Que fincaram este torrão
Dizem à nova geração:
Eis aqui a nossa herança!
Cinquenta e sete batalhas,
A cada ano uma conquista,
Malabarismo de artista:
Andar no fio da navalha,
Enfrentar toda a canalha
Que só pensa em explorar,
Sugar e especular,
Eis que surge o pioneiro
Dando o brado verdadeiro
De viva o Paranoá!