ETERNOS NAMORADOS
ETERNOS NAMORADOS
Na teima da indiferença do meu olhar,
O ardor incontrolável do meu coração.
Quem será ela, que todo dia no portão está?
Flor? Luz? Vida? Simplesmente paixão?
Na vaga aula que a noite impôs,
Centenas de estrelas como testemunhas.
O giz distante, silente, e nós dois
Como se há anos fôssemos carne e unha.
Antes que a Primavera desse lugar às folha de Outono,
Vi-te rodeada de flores e nos lábios um beijo meu.
Isto não parece, mas são mais de 20 anos,
E tudo tão igual: cada dia é um apogeu.