AMOR VERDADEIRO
AMOR VERDADEIRO
Quem dera eu tivesse a minha,
ainda que fosse velhinha,
me chamando, com muita meiguice,
por um dos meus apelidos
do tempo da meninice.
Quem dera eu tivesse a minha
pra me fazer um cafuné,
ao dizer: “filha querida!...”
quando eu ficasse bem triste
por lembrar algo que existe
ou existiu na minha vida.
Quem dera eu tivesse a minha,
me encantando com seu canto,
deixando fluir o acalanto,
por eu estar tão aflita.
Pra eu sorrir novamente,
se derramaria em carinhos,
dizendo coisas bonitas.
Falar de tristeza com ela
seria desnecessário,
pois muito bem conhecia
meu íntimo, como ninguém.
MÃE, amor verdadeiro,
nome suave de falar,
sonoro quando se ouve,
tão doce que nem rima tem.