Brilha, São Paulo
Brilha minha São Paulo querida,
seiva de "Brasis" contida,
suor de frontes de raça,
de mãos que mexem a massa,
de bocas que sugam teus seios,
de brados que abrem teus veios,
de lutas derrubando barreiras
sob treze listas altaneiras.
Brilha São Paulo de glórias.
Conta orgulhosa as histórias
dos bravos que por ti morreram
e os ideais fortaleceram.
Mostra tua cara valente,
conserva a pose imponente
abençoada por Deus,
orgulho dos filhos teus.
Brilha São Paulo, com graça,
corolário de todas as raças,
mistura de tantos valores,
ecos de violinos e tambores,
solar de nobres famílias,
umbral de longas vigílias,
varal de grandes amores
que honraram os teus clamores.
Brilha São Paulo, desfila,
entre tantas outras, cintila.
Do velho barraco ao maior salão
as mão se cruzam, irmão com irmão.
Na lágrima calada da garoa fria
derramaste o pranto que existia.
Hoje recebes do sol o calor.
Selva de Pedra, é teu o meu amor.
Brilha São Paulo, caminha confiante.
Empurra teus grandes e pequenos errantes
para as luzes de um novo amanhecer
que quero, tu queres, todos hão de querer.
Receba outros filhos de braços abertos
e dá-lhes teu manto de estrelas coberto.
Caminha com garbo e harmonia.
Parabéns, São Paulo, no teu dia!