Sem título

Cambaleando tonto ao som de instrumentos que o rodeavam em algum lugar

ou a música tocada no e pelo vento

andava dançando tropeçando se agarrando ao que encontrasse suas mãos.

Olhou para o turvo Céu e viu a Lua...

escorregou e no chão viu outra lua.

Sem saber o porquê de repente sentiu um estranho desejo ardente de tomar para si as duas luas

e se declarar senhor do universo.

Se pôs de quatro e estendeu a língua para tomar a lua presente na água limpa no chão imundo

e sem controle chorou como uma criancinha

salgando a água que ao mesmo tempo matou sua sede e lhe dava sede

e o fez cair bêbado na lua após perder o equilíbrio no céu que dançava a flutuante música.

Tão desesperado sem saber

riu...-se com o desconhecido visto no céu

que se deformava em múltiplas faces de uma só

e flutuavam pelas ondas da melodia e do mar

que escondeu sua sede junto dele na imensidão de água do mar

que o encobriu na escuridão.

Que mais se salga ao verificarem que o álcool acabou.

As velas indicam o caminho que instintivamente queria fugir...

mas era animal demasiado amoral.

Animal que morreu de sede na imensidão aquosa.

Victor Ricardo
Enviado por Victor Ricardo em 20/01/2013
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