CORDEL DE DORES - Pelas suas pisaduras, fomos sarados...
Relato do Profeta palaciano, requintado:
Isaías só queria entregar sua mensagem,
No endereço certo, no Palácio real,
o que era natural, pois os reis ali estavam,
Necessitavam da Mensagem de Deus receberem,
Aplicarem em suas vidas, nas do povo!
Lá vem Profeta de novo:
Nova ordem lá de cima, agora é situação grave!
Avise aos chefes, todos, todo o povo, disse Deus:
-Chega de bajulação aos céus, de queima de incenso,
de Ofertas Queimadas! Olhem para os órfãos e viúvas,
para o pobre quando sofre; de vocês não quero nada!
Só quero muita Justiça, volto em hora não marcada!
Sodoma, não era nada, não era tão depravada!
O meu recado está dado, oh! povo desaforado!
O Profeta, evangélico, chamado, por notícias boas,
Que trazia, além de boas novas, também avisos muito ruins,
De guerras e cativeiros, tudo afins.
Falava de certo Príncipe, tudo tinha a ver com a Paz,
Conselheiro, a própria Divindade que chegará à cidade!
Tempo marcado pra isso? Dali a Quinhentos anos,
Muito tempo para humanos, para o Pai que o enviará,
Mesmo que quinhentos dias, um só dia, é matemática fria!
O Profeta continua sua mensagem entregar:
Fala, censura nações que estão a abusar,
A um povo tão rebelde, que está a procrastinar!
Mas tal povo retruca, se rebela:
-Arrependermo-nos de que?- Nada vai acontecer,
Quero ver estes profetas engolirem
Todas as palavras que lançaram por aí!
Promessas de esperança para tempos que ainda
Vão chegar, mensagens de otimismo,
Sem enxergar mais abismos, pra um tempo que chegará,
Disto vão, naturalmente, gostar.
Não do futuro, das previsões que contém!
Avisa Deus, quantas vezes necessárias forem,
chegando à exaustão! Cativeiro, então, está chegando bem perto;
Pelos desertos já marcham Exércitos estrangeiros,
De Deus também, para cumprirem suas ordens por inteiro,
Sem desdém! Exércitos de homens, de anjos, não importa,
Importa aos planos infalíveis do Senhor,
cumpridos serem, com ardor!
Pra o cativeiro, vai, do cativeiro, vem, vai passar bastante tempo,
Entre escravidão e liberdade, que chegará, na verdade.
Muito tempo em terra estranha, nenhuma canção,
Nem liras arranham, nem cantos entoam!
É tudo antevisão deste Profeta ? Não, outros falaram mais
Tarde desta situação de extremo sofrimento, desencantamento, então.
Nosso Profeta, não chegará a ver o cumprimento do que disse.
Morre tranqüilo, e se entrega nas mãos daquele,
Que dele sempre cuidou, profeta obediente tudo falou ! Como falou!
Falou do Servo sofredor, que será também Rei,
Filho do Rei, que um dia reinará com Justiça.
Ninguém se importará ou fará dele caso,
Como Messias-político; será, ou não será um arraso?
Será desprezado, humilhado,
Maltratado pelos pecados que não são propriamente seus!
São os meus, os seus, nossos pecados! Oh, nosso Deus!
Sobrecarregado desse fardo pesado, caminha para o matadouro,
E o trono de ouro que espere, té que a culpa do mundo,
Leve à Cruz! Cruz, Credo! É coisa de Romanos!
Cruz, castigo pra malfeitores, ladrões, se não me engano!
Mais tarde o mundo, Luz terá, após escuridão, clarão!
Sofrerá as penas do castigo nosso,
Depois do sofrimento será feliz, a Escritura diz!
Tudo nosso, o plano detalhava: nosso sofrimento,
Nossas culpas, nossos pecados, nossas maldades.
Dele: ira de Deus, castigo nosso, tudo imerecido!
Favor imerecido, por muitos esquecido,
A Graça imensa que nos outorgou!
O Messias veio, tudo cumpriu, a muitos salvou!
A Cura das feridas do pecado, de toda a culpa, me livra !
Figura fácil de entender, própria dos lugares pastoris: a pisadura,
Uma ferida dura, sobre ferida que o animal carrega, uma certidão
de sofrimento que algum cavalo ou jumento,
Recebeu dos maltratos pelo arreio, que deixa muito feio, o lombo pisado!
A ferida do Messias, tudo a ver com as nossas, os machucados,
Sobre machucados, vão se tornando duros, para quem carrega.
Este Messias desacreditado, carrega ferida tão profunda,
Oriunda dos nossos pecados, dos nossos problemas,
Assume a culpa, e o castigo, com uma dor extrema!
Já passado muito tempo, piora a situação,
Profetas se sucedem, falam, gritam, morrem!
Não os atendem!
Quando os muros se fendem, os inimigos chegam,
Só ai é que se tocam, à porta da cidade, acampam!
Já é tarde demais: dominadores riquezas tomam,
O povo, próprios príncipes, levados pra bem longe,
Como cativos, agora trabalham!
No Novo Testamento está o cumprimento da história:
Quatro escritores falam do profundo amor, revelado no Calvário;
Da Galiléia, de um povo desacreditado e pobre,
Surge o mais nobre dos nobres, que já se viu!
Assumiu ser o Messias, depois de negar e se acautelar,
Curou as dores dos leprosos, mandou que fossem propalar
O milagre, e que um só cumpriu o que ele mandou.
Andou fazendo o bem, sem olhar a quem...
Mateus- biógrafo deste Senhor, provou ser Ele O Esperado,
O Messias prometido! Isso não acreditaram, vaiaram, quiseram
Empurrá-lo para o abismo, o Rei que já chegou , estava ali
A ensinar coisas do reino que representava.
Este blasfema, o acusam! Avolumam-se as acusações,
Que culminam na prisão, no injusto julgamento, político,
Parcial, por juízes que lavam as mãos;
Por fim, o martírio!
João - O Evangelista, não era Batista, ou ramo parecido,
De qualquer religião, vai além, Discípulo do Amor,
Sempre será lembrado por tão nobre sentimento, tão esquecido,
Vai sobreviver para contar o que é sofrer dor!
Na Ilha Patmos, isolado, preso,
Tem Visões, escreve Apocalípse-Revelações,
Espera ser libertado, já um ancião, pelo seu Senhor!
Na Oração sacerdotal, João está narrando:
Silêncio! Que o Mestre está orando pelas gerações,
Futuras de Cristãos, anos à fora, chegando até nós, agora...
Aquele Escritor está dizendo lá na Catedral:
Sozinho, estou deste lado, meus colegas, lá do outro,
Somente eu, só eu, enfatizei a origem divina do Senhor...
falou também da ingratidão que o Mestre suportou,
Quando o seu povo a ele recusou!
Mas a quantos o recebem, ganham adoção,
De Filhos de Deus, que crêem neste Grande Nome!
Grande a alegria do Messias, em compensação!
Lucas – O médico, Escritor, ao amigo grego, escreve a
Teófilo, que parece ser neófito, bebe desta narrativa:
Tudo foi investigado, de modo acurado,
Uma anamnese caprichada, sobre o nascimento virginal,
A mãe, a família, O Pai Celestial, por obra do Eternal Espírito.
Tudo estava sendo explicado, ao grego, rapaz interessado,
Pois já correra mundo a fama dum Mestre,
Messias que um dia fora prometido ao povo
Que agora rejeitava, de Deus, o Seu Renovo!
Marcos - Provavelmente, aquele menino, o mesmo Marcos,
Que volta da viagem, deixando companheiros para trás,
Cria coragem, resolve escrever o que sabia daquele Messias,
Servo sofredor, das dores que se encarregou de levar à cruz,
De todo mundo, lá expiando seu pecado,
Antes aplacado com sacrifício cruento, de animais.
Agora um Cordeiro de Deus, Varão de Dores,
Experiente no mister de sofrer a dor dos outros homens,
É com seu próprio sangue que vai Lavar pecado, vai ser pregado
Na sangrenta cruz!
Sou responsável por todo sofrimento,
Que além de físico, é também moral,
Pesado, descomunal, atinge em cheio sua
Relação com o Pai: Por que me desamparas?
Perguntando vai, desde o jardim, até a cruz mortal!
Ali está em meu lugar, a me representar, castigo receber.
O que fazer? Aceito substituição, ele em meu lugar!
Que mais dizer deste homem piedoso, que é Jesus?
Deste Deus, muito compassivo, misericordioso, bondoso?
Vou esperar, sei que vitória o Senhor já deu, na cruz,
A todos que tem fé neste Servo Sofredor!
É o mesmo Sacerdote-Intercessor, Rei-Libertador,
Profeta-Pregador! Nossa dores e pesares carregas,
Nos tiras da lama, na cruz maldita, encrava nosso pecado,
Assim nos amas! Também ali, num vitorioso brado-cósmico, exclamas:
-Está tudo consumado!
Mas a morte não consegue segurá-lo! Ei-lo, Vitorioso, já Ressuscitado!
Sobradinho-DF, 29-01-07 - abello
Relato do Profeta palaciano, requintado:
Isaías só queria entregar sua mensagem,
No endereço certo, no Palácio real,
o que era natural, pois os reis ali estavam,
Necessitavam da Mensagem de Deus receberem,
Aplicarem em suas vidas, nas do povo!
Lá vem Profeta de novo:
Nova ordem lá de cima, agora é situação grave!
Avise aos chefes, todos, todo o povo, disse Deus:
-Chega de bajulação aos céus, de queima de incenso,
de Ofertas Queimadas! Olhem para os órfãos e viúvas,
para o pobre quando sofre; de vocês não quero nada!
Só quero muita Justiça, volto em hora não marcada!
Sodoma, não era nada, não era tão depravada!
O meu recado está dado, oh! povo desaforado!
O Profeta, evangélico, chamado, por notícias boas,
Que trazia, além de boas novas, também avisos muito ruins,
De guerras e cativeiros, tudo afins.
Falava de certo Príncipe, tudo tinha a ver com a Paz,
Conselheiro, a própria Divindade que chegará à cidade!
Tempo marcado pra isso? Dali a Quinhentos anos,
Muito tempo para humanos, para o Pai que o enviará,
Mesmo que quinhentos dias, um só dia, é matemática fria!
O Profeta continua sua mensagem entregar:
Fala, censura nações que estão a abusar,
A um povo tão rebelde, que está a procrastinar!
Mas tal povo retruca, se rebela:
-Arrependermo-nos de que?- Nada vai acontecer,
Quero ver estes profetas engolirem
Todas as palavras que lançaram por aí!
Promessas de esperança para tempos que ainda
Vão chegar, mensagens de otimismo,
Sem enxergar mais abismos, pra um tempo que chegará,
Disto vão, naturalmente, gostar.
Não do futuro, das previsões que contém!
Avisa Deus, quantas vezes necessárias forem,
chegando à exaustão! Cativeiro, então, está chegando bem perto;
Pelos desertos já marcham Exércitos estrangeiros,
De Deus também, para cumprirem suas ordens por inteiro,
Sem desdém! Exércitos de homens, de anjos, não importa,
Importa aos planos infalíveis do Senhor,
cumpridos serem, com ardor!
Pra o cativeiro, vai, do cativeiro, vem, vai passar bastante tempo,
Entre escravidão e liberdade, que chegará, na verdade.
Muito tempo em terra estranha, nenhuma canção,
Nem liras arranham, nem cantos entoam!
É tudo antevisão deste Profeta ? Não, outros falaram mais
Tarde desta situação de extremo sofrimento, desencantamento, então.
Nosso Profeta, não chegará a ver o cumprimento do que disse.
Morre tranqüilo, e se entrega nas mãos daquele,
Que dele sempre cuidou, profeta obediente tudo falou ! Como falou!
Falou do Servo sofredor, que será também Rei,
Filho do Rei, que um dia reinará com Justiça.
Ninguém se importará ou fará dele caso,
Como Messias-político; será, ou não será um arraso?
Será desprezado, humilhado,
Maltratado pelos pecados que não são propriamente seus!
São os meus, os seus, nossos pecados! Oh, nosso Deus!
Sobrecarregado desse fardo pesado, caminha para o matadouro,
E o trono de ouro que espere, té que a culpa do mundo,
Leve à Cruz! Cruz, Credo! É coisa de Romanos!
Cruz, castigo pra malfeitores, ladrões, se não me engano!
Mais tarde o mundo, Luz terá, após escuridão, clarão!
Sofrerá as penas do castigo nosso,
Depois do sofrimento será feliz, a Escritura diz!
Tudo nosso, o plano detalhava: nosso sofrimento,
Nossas culpas, nossos pecados, nossas maldades.
Dele: ira de Deus, castigo nosso, tudo imerecido!
Favor imerecido, por muitos esquecido,
A Graça imensa que nos outorgou!
O Messias veio, tudo cumpriu, a muitos salvou!
A Cura das feridas do pecado, de toda a culpa, me livra !
Figura fácil de entender, própria dos lugares pastoris: a pisadura,
Uma ferida dura, sobre ferida que o animal carrega, uma certidão
de sofrimento que algum cavalo ou jumento,
Recebeu dos maltratos pelo arreio, que deixa muito feio, o lombo pisado!
A ferida do Messias, tudo a ver com as nossas, os machucados,
Sobre machucados, vão se tornando duros, para quem carrega.
Este Messias desacreditado, carrega ferida tão profunda,
Oriunda dos nossos pecados, dos nossos problemas,
Assume a culpa, e o castigo, com uma dor extrema!
Já passado muito tempo, piora a situação,
Profetas se sucedem, falam, gritam, morrem!
Não os atendem!
Quando os muros se fendem, os inimigos chegam,
Só ai é que se tocam, à porta da cidade, acampam!
Já é tarde demais: dominadores riquezas tomam,
O povo, próprios príncipes, levados pra bem longe,
Como cativos, agora trabalham!
No Novo Testamento está o cumprimento da história:
Quatro escritores falam do profundo amor, revelado no Calvário;
Da Galiléia, de um povo desacreditado e pobre,
Surge o mais nobre dos nobres, que já se viu!
Assumiu ser o Messias, depois de negar e se acautelar,
Curou as dores dos leprosos, mandou que fossem propalar
O milagre, e que um só cumpriu o que ele mandou.
Andou fazendo o bem, sem olhar a quem...
Mateus- biógrafo deste Senhor, provou ser Ele O Esperado,
O Messias prometido! Isso não acreditaram, vaiaram, quiseram
Empurrá-lo para o abismo, o Rei que já chegou , estava ali
A ensinar coisas do reino que representava.
Este blasfema, o acusam! Avolumam-se as acusações,
Que culminam na prisão, no injusto julgamento, político,
Parcial, por juízes que lavam as mãos;
Por fim, o martírio!
João - O Evangelista, não era Batista, ou ramo parecido,
De qualquer religião, vai além, Discípulo do Amor,
Sempre será lembrado por tão nobre sentimento, tão esquecido,
Vai sobreviver para contar o que é sofrer dor!
Na Ilha Patmos, isolado, preso,
Tem Visões, escreve Apocalípse-Revelações,
Espera ser libertado, já um ancião, pelo seu Senhor!
Na Oração sacerdotal, João está narrando:
Silêncio! Que o Mestre está orando pelas gerações,
Futuras de Cristãos, anos à fora, chegando até nós, agora...
Aquele Escritor está dizendo lá na Catedral:
Sozinho, estou deste lado, meus colegas, lá do outro,
Somente eu, só eu, enfatizei a origem divina do Senhor...
falou também da ingratidão que o Mestre suportou,
Quando o seu povo a ele recusou!
Mas a quantos o recebem, ganham adoção,
De Filhos de Deus, que crêem neste Grande Nome!
Grande a alegria do Messias, em compensação!
Lucas – O médico, Escritor, ao amigo grego, escreve a
Teófilo, que parece ser neófito, bebe desta narrativa:
Tudo foi investigado, de modo acurado,
Uma anamnese caprichada, sobre o nascimento virginal,
A mãe, a família, O Pai Celestial, por obra do Eternal Espírito.
Tudo estava sendo explicado, ao grego, rapaz interessado,
Pois já correra mundo a fama dum Mestre,
Messias que um dia fora prometido ao povo
Que agora rejeitava, de Deus, o Seu Renovo!
Marcos - Provavelmente, aquele menino, o mesmo Marcos,
Que volta da viagem, deixando companheiros para trás,
Cria coragem, resolve escrever o que sabia daquele Messias,
Servo sofredor, das dores que se encarregou de levar à cruz,
De todo mundo, lá expiando seu pecado,
Antes aplacado com sacrifício cruento, de animais.
Agora um Cordeiro de Deus, Varão de Dores,
Experiente no mister de sofrer a dor dos outros homens,
É com seu próprio sangue que vai Lavar pecado, vai ser pregado
Na sangrenta cruz!
Sou responsável por todo sofrimento,
Que além de físico, é também moral,
Pesado, descomunal, atinge em cheio sua
Relação com o Pai: Por que me desamparas?
Perguntando vai, desde o jardim, até a cruz mortal!
Ali está em meu lugar, a me representar, castigo receber.
O que fazer? Aceito substituição, ele em meu lugar!
Que mais dizer deste homem piedoso, que é Jesus?
Deste Deus, muito compassivo, misericordioso, bondoso?
Vou esperar, sei que vitória o Senhor já deu, na cruz,
A todos que tem fé neste Servo Sofredor!
É o mesmo Sacerdote-Intercessor, Rei-Libertador,
Profeta-Pregador! Nossa dores e pesares carregas,
Nos tiras da lama, na cruz maldita, encrava nosso pecado,
Assim nos amas! Também ali, num vitorioso brado-cósmico, exclamas:
-Está tudo consumado!
Mas a morte não consegue segurá-lo! Ei-lo, Vitorioso, já Ressuscitado!
Sobradinho-DF, 29-01-07 - abello