À Santa Cecília
Comprei u’a casinha,
No alto da serra...
E fiz u’a igrejinha,
Todinha de pedra —
De pedra-sabão!
Fiz em devoção
À Santa Cecília,
Que envolve minh’alma,
Co’a luz que me acalma...
Nu’a eterna vigília!
E fiz u’a pracinha,
Toda arborizada,
Onde a passarada
Canta na igrejinha —
Bem de manhãzinha!
São aves tão belas,
Saudando a donzela,
Na fonte das águas,
Em águas tão alvas,
— Na bela capela!
Com muita cautela,
Fiz uma grutinha,
Dentro da igrejinha,
Defronte à janela —
Sua imagem nu’a tela...
Pois, quando o sol nasce,
Reflete em sua face,
U’a luz tão brilhante,
Que é mui semelhante
À estrela mais bela!
No altar da igrejinha,
Tem rosas, tem flores,
Onde os beija-flores
Adornam a santinha,
Em sua caldeirinha.
Oh!... Santa Cecília!...
Que doce alegria
Transborda em meu peito,
Assim por ter feito
Sua linda grutinha!
Pacco