Agora é vinte e três
É hora de deixar chover
O pranto seco do meu rosto
Que escondeu todo afeto do teu gosto
É hora de esquecer
Os desejos falidos
E o tempo perdido
É hora deixar atravessar
Os caminhos que não percorri
E os versos que calei por simples medo de perder
É hora de sorrir e celebrar
Todo traço todo canto
Que vier me abraçar
Cada imagem transfigura
O infinito do universo
E em cada ritmo
Cada prosa cada flor
É hora de seguir o vento, o norte.
Qualquer destino que vestir...
outubro 2012