+ AQUI JAZ +
Há alguns dias matei e enterrei alguém
algo simbóilico porém para sempre
Em seu leito fúnubre
Joguei um terço de madeira
uma correntinha com coração
Livros...entre eles um de Florbela Espanca
( sua preferida )
Num amontoado de lembranças
joguei toneladas de terra
e por cima uma flor de jasmim
que vai fenecer junto ao passado
Uma chuva fina caia sobre aquilo tudo
como que lavando e levando lembranças
Foi legíma defesa...era ele ou eu...
Livre estás poeta das sombras
Vá para o mundo sombrio que te espera
Na lápide feita ás pressas
escrito está com meu própio sangue
Aqui jaz aquele que matou a verdade
da minha poesia.