+ AQUI JAZ +

Há alguns dias matei e enterrei alguém

algo simbóilico porém para sempre

Em seu leito fúnubre

Joguei um terço de madeira

uma correntinha com coração

Livros...entre eles um de Florbela Espanca

( sua preferida )

Num amontoado de lembranças

joguei toneladas de terra

e por cima uma flor de jasmim

que vai fenecer junto ao passado

Uma chuva fina caia sobre aquilo tudo

como que lavando e levando lembranças

Foi legíma defesa...era ele ou eu...

Livre estás poeta das sombras

Vá para o mundo sombrio que te espera

Na lápide feita ás pressas

escrito está com meu própio sangue

Aqui jaz aquele que matou a verdade

da minha poesia.

Sol Lopes
Enviado por Sol Lopes em 22/10/2012
Código do texto: T3946439
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