O tempo de Ary
In " Tributo a José Carlos Ary dos Santos"
Temas Originais, Coimbra, 2012
A urdir o tempo
te bebias como licor ou veneno
e cantavas as mágoas
do império adormecido.
De amor eram as falas
na guerra dos sentidos
mas ecos perdidos
te anunciavam só
na cidade devassada.
Do fado ficou a voz
de ti a madrugada.