Emblemática Efeméride
Sou uma gente pobre!
Sem flores airosas
Para depor, no túmulo;
Dos filhos escarnecidos
Desta terra...
Neste dia sacro
Aos defuntos
Minha alma se reveste de luto,
E o choro da gente é magno!...
A saudade, mística dos que viveram!
Sem que prouveram
A amargura enigmática,
Dos quão já sofreram...
Os olhos da gente estão escarlates;
Esperanças mergulham...
E em uníssono bombardeiam
Uma névoa de alarido!...
Uma ilustre coroa florida
Amarelecida, rosada e verdejante,
Desafoga o aluir da sepultura
Ornamentada de amargores!
Esperançadas no facho
Do gáudio da gente...
Hei-de regressar...
Assim vos havereis de me dar
Afagos!
Que não caia sobre nós!
Esta tarde lúgubre no pensamento
Do incrédulo...