VISITANDO O ALEGRETE

Num trotezito a lo largo

Não perco o rumo no brete

Seguindo a voz dos Fagundes

Vou chegar no Alegrete

Tenho a marca do rio grande

Nasci assim e não mudo

Vou tentiar um ferro branco

Lá pras bandas dos canudos

Na tia Maria Machado

Com gana vou me atracar

E garanto se beliscando

Nós dois “bamo” se alertar

Depois vou campear as graças

De Tupanci e de Tupã

Lavando a alma nas águas

Lá do velho rio Ibirapuitã

Vou ir lá na vila Alegre

E pra o verso pegar valor

Vou tentiar um mi maior

Com o Saldanha trovador

E lá na Igreja Matriz

Uma prece eu vou elevar

Até ao reino dos céus

Ao trovador Rubens Pilar

Da hidráulica ao cemitério

O pensamento eu não mudo

Quero andar na Dr. Lauro

Deixar meu verso desnudo

Lembrar da pensão da Anita

Os entreveros no duzento

Lá na região dos canudos

Na saudade eu me atormento

A Restinga, A Vila das latas

A Coxilha eu vou visitar

Pra depois ir laçar um touro

lá na cerra do Caverá

Depois volto pra cidade

Quem sabe alguém me convence

A construir um ranchinho

E me tornar Alegretense

O Alegrete é do Alegretense

E dos que vão la para visitar

E quem vai la, eu te juro parceiro

Pra sua casa não quer mais voltar