TROPICÁLIA (45 anos)
 
Que estrupício isso,
um “brasilaço” em ritmos,
costumes, hábitos,
mistura da grossa e da fina,
na fissura,
cores & dores...

No cheiro da gasolina
denota a pátria amada,
um país em mui amores...
 
Dantes...
Quê, de cultura?
O índio em dissídio,
o negro e seus fôlegos,
“Independência ou Morte!”
Vai levando trôpego seus tropeços,
mas crendo na SORTE.
 
Nessa linguagem tropical...
escravidão e corte...
Deflagra uma bandeira nacional
com as cores mais berrantes
e as dores ecoem
5.000 auto-falantes...
 
Afinal, quem o descobriu,
diga isto agora,
ou cale-se pra sempre!...
É uma brasa, mora?...
 
Aquarela e aguarrás...
Rimam com samba-regue, xote e jazz!
 
Brasil silll-silll-silll...
Eis o grande funil,
que coou o fuzil zilll-zilll-zil...
E ecoou no Rio
de Janeiro
que continuará lindo!
 
E a nossa Bahia,
continua sendo,
a que São São Paulo
continue crescendo!


Todo artista modernista brasileiro!
Salve Glauber & o Cinema Novo,
Salve, Salve, Chacrinha!
Gonzagão & Gonzaguinha!
Jackson do Pandeiro!
Salve, Raulzito!
Salve, Salve, os Catulos!
 Salve, Caetano & Gil!
Tomzé, Torquato & Capinam!
Os Mutantes + Rita Lee...
Nara Leão & Gal Costa!
Maria Bethânia...
Salve, os tons brasileiros do Tom
e os vinis de Vininha!

Salve Deus, 
que nos fez brasileiros!!!
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 17/03/2012
Reeditado em 18/03/2012
Código do texto: T3559493
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