Mulher  “cão”


És a mulher “cão”
             de um mundo não.
Vida atribulada, consumida,
            repetidamente humilhada.

           Desde que foste parida
Alguém se encarrega de ti:
                            de ser teu dono,
                     de te amar à sua maneira,
                     de atirar-te ao abandono,
                            de arranjar-te coleira.

Mulher!
Larga o “cão” que há em ti,
                 solta a raiva que te verga,
                       as amarras que te prendem.

Ergue-te!
Sorri!

“Ladra” ao mundo a tua dignidade,
O teu querer…
Busca a tua liberdade!
Sê dona de ti!


                             
Lucibei
Enviado por Lucibei em 08/03/2012
Reeditado em 02/11/2016
Código do texto: T3543204
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