Iemanjá III

Das profundezas emerges

Rainha do Mar

visível aos navegantes

aos que a veneram e tua voz conhecem

assim como tua beleza em aparência

e canto seduz

Segredos dos oceanos

e de suas criaturas conténs

pois que és deles a maternal criatura

Iemanjá és hibrida

Sereia enigmática e dadivosa

São tantos teus nomes

Oloxum, Inayê, Janaína...

quantos teus rostos

e poderes a aclamar

capaz de aos reinos mais altos

e profundos os homens guiar

Nas tempestades

rendem-se ventos

abrindo-se em passagem

para amaparar os mortais

Salve dois de fevereiro!

louvem-te marinheiros

que todos somos afinal

Nesta data de festa abre teus véus

revives no imaginário dos homens

temor e coragem...

Esperanças sejam conjugadas em ardor

Senhora dos Navegantes

Mãe Mitológica

Arquétipo de Anima

reine entre nós

seduza-nos ao imaginário

com brandura e conduza-nos

Que em naus, bravos guerreiros

ouçam teus conselhos e se deixam

reencantar

Quando silencias sabemos;

ondas gigantes rugem por ti

Ensinas que

Sonhar é preciso

Para pôr-se a navegar ...

Iemanjá protege-nos em sono e vigília

E inscreve em peitos retraídos

os ritmos do mar !

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“...só está morto aquele que não quer seduzir em absoluto, nem ser seduzido". ( Las sirenas , Méri Franco Lao- Ediciones Era- México- 1995)

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 02/02/2012
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T3475418