Iemanjá III
Das profundezas emerges
Rainha do Mar
visível aos navegantes
aos que a veneram e tua voz conhecem
assim como tua beleza em aparência
e canto seduz
Segredos dos oceanos
e de suas criaturas conténs
pois que és deles a maternal criatura
Iemanjá és hibrida
Sereia enigmática e dadivosa
São tantos teus nomes
Oloxum, Inayê, Janaína...
quantos teus rostos
e poderes a aclamar
capaz de aos reinos mais altos
e profundos os homens guiar
Nas tempestades
rendem-se ventos
abrindo-se em passagem
para amaparar os mortais
Salve dois de fevereiro!
louvem-te marinheiros
que todos somos afinal
Nesta data de festa abre teus véus
revives no imaginário dos homens
temor e coragem...
Esperanças sejam conjugadas em ardor
Senhora dos Navegantes
Mãe Mitológica
Arquétipo de Anima
reine entre nós
seduza-nos ao imaginário
com brandura e conduza-nos
Que em naus, bravos guerreiros
ouçam teus conselhos e se deixam
reencantar
Quando silencias sabemos;
ondas gigantes rugem por ti
Ensinas que
Sonhar é preciso
Para pôr-se a navegar ...
Iemanjá protege-nos em sono e vigília
E inscreve em peitos retraídos
os ritmos do mar !
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“...só está morto aquele que não quer seduzir em absoluto, nem ser seduzido". ( Las sirenas , Méri Franco Lao- Ediciones Era- México- 1995)