São Paulo
São Paulo é descaso,
Dos pobres, dos ricos
Tudo ao acaso,
As enchentes,
em um turbilhão de gente,
Fome, miséria, fica a espera,
do outro lado, outra esfera!
São Paulo quem escuta tuas lamentações?
as crianças se vertem, paranoicamente!
os jovens perdizem os fatos das sensações!
Quanto tempo sofre calada?
cada esqueina, cada beco uma silada!
tuas mulheres se perdem,
e todos os outros se vendem.
A garoa virou chuva
talvez sejam tuas lágrimas!
cidade da utopia turva!
escreve entre teus confrontos tuas lástimas!