E passando há de passar, deixando o que há de ficar
Passou. Com fluidez, leveza e intensidade.
Cada segundo foi vivido, e passando, o tempo passou.
E quem poderá explicar?
Não há ciência. Não há fórmula. Não há.
Preso estou em cadei(r)a de número.
Presa está em sentença paralela.
Hoje não há presença, contudo, há lembrança e sentimento.
Vi um sorriso e uma gota nascer
Em cada canto desse ser
Senhora absoluta do descrer
Poderia eu bailar
Sobre meus pés a caminhar
Em destino de meu lar...
Mas é muita loucura para um doido singular.
Aguardemos que há de continuar passando.
Apenas aguardemos vivendo mais cada segundo que houver
Porque há de ser natural. Como tem sido...