SONHO DE PESCADOR
Ao longe... Bem distante da cidade grande,
Às margens de um rio de águas claras e mansas,
Surge o pescador com chapéu de abas largas.
Nas mãos, a rede preguiçosa, nunca se cansa.
Cobre os olhos com as mãos,
Para esconder-se do sol escaldante,
Olhos fixos no horizonte, como se quisesse parar o tempo,
Para contemplar à sua volta a paisagem exuberante.
Só a saudade da morena, que ficou na cidade,
Esperando sua volta, cuidando da filharada,
É que lhe assombra o pensamento...
O caboclo sofre calado, só o peito é que soluça.
Porque homem que é homem não chora...
E assim o pescador esconde seu sofrimento.
de Silvia Trevisani - Campinas SP. Livro Se as estrelas falassem...
Homenagem ao dia do pescador - 29/06/2011.