Ano que chega, ano que vai...

Pela vida, no planeta,

ao compasso de ampulheta,

em todas as circunstâncias,

a gente vê alternâncias.

Quando no tempo passando,

se um ano está acabando,

outro ano está chegando.

Enquanto anos trocados,

nós vamos levando o tempo

ou , pelo tempo, levados.

Nessa marcha, pela frente,

todavia, é bom que a gente

focando o ano passado,

vendo o que aconteceu,

se sinta recompensado.

Olhando pra retaguarda,

neste ponto da jornada,

uma pergunta é lembrada:

foi um ano que valeu?

Houve tropeço ou mancada

nos passos que a gente deu?

Dos tantos sonhos pedidos,

de tantos sonhos perdidos

o velho ano o que fez?

Muitos foram transferidos

ao ano novo, outra vez ?

Mas, a falha foi do ano,

ou dos pecados que fiz ?

Se porventura culpado

eu peço, pra mais cuidado,

nova chance feito bis.

Sempre, antes ou agora,

enquanto a vida demora,

sejamos crentes ou incréus

tenhamos olhos pros céus,

tenhamos olhos pro chão,

mantendo com os semelhantes

em sintonias constantes,

s o l i d á r ia relação.

Ao invés de solitária,

seja nossa atuação.

Que em nossa caminhada,

ano novo, feito estrada,

tenhamos nossa atenção

quando houver pedras na estrada,

ou colher flores na mão.

Na sequência das pisadas,

quando houver encruzilhadas,

se preciso, haja paradas,

pra nossa reflexão.

Que na meta pretendida,

por conta da nossa lida,

não se use, em demasia,

excesso de fantasia,

mas, que não falte a coragem

misturada à valentia !

Sempre é bom, em cada ano,

muita vontade e bom senso,

valendo sabedoria.

E para arrematar

nesta minha poesia,

que em nossa caminhada,

ano novo, cada dia,

possamos ter o bom Deus

nos fazendo companhia!.