NATAL
Na tal vidinha que levo
Na tal precariedade afetiva
Na tal naturalidade perdida
Na tal banalidade da vida...
As mãos falam...
As mãos dizem...
Mãos escutam...
Mãos sentem...
As mãos enxergam...
Na tal expressão das mãos
Mãos tremem
Mãos em vão.
No tal coração tudo ulula...
Na tal alma que sua frio
Natal faz-se por mim
Na tal cabeça, a mente pula
Na tal dor e a gente sorria
No amor um cruel botequim
Na história a estória diz-me:
É N A T A L!!!
Na tal que passa
E faz-se fim
Para noutro ano
O Natal tornar a vir
E o consumidor se desavir
Na consumição do consumir.