NATAL

Na tal vidinha que levo

Na tal precariedade afetiva

Na tal naturalidade perdida

Na tal banalidade da vida...

As mãos falam...

As mãos dizem...

Mãos escutam...

Mãos sentem...

As mãos enxergam...

Na tal expressão das mãos

Mãos tremem

Mãos em vão.

No tal coração tudo ulula...

Na tal alma que sua frio

Natal faz-se por mim

Na tal cabeça, a mente pula

Na tal dor e a gente sorria

No amor um cruel botequim

Na história a estória diz-me:

É N A T A L!!!

Na tal que passa

E faz-se fim

Para noutro ano

O Natal tornar a vir

E o consumidor se desavir

Na consumição do consumir.

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 28/12/2010
Código do texto: T2695226
Classificação de conteúdo: seguro