Eu estava, dias atrás, na iminência de completar a marca de oitocentos textos postados aqui nesta escrivaninha e tinha resolvido escrever um texto comemorativo, o qual comecei a rascunhar até. Depois desisti, não iria fazer. Mas uma coincidência me fez mudar de ideia. Olhava por acaso os dados da minha assinatura e vi que exatamente hoje eu completo um ano de Recanto, o que me deu a ideia de escrever sim algo sobre isso, algo sobre um ano e oitocentos textos.
Quando cheguei a este Recanto, eu tinha uma centena e meia de poemas escritos, desde 2005. Fui postando aos poucos um a um e permaneci bastante tempo nessa coisa de postar texto, ler texto, produzir e ler o textos dos outros e fazer comentários. Fui conhecendo muita gente que escreve bem aqui. Fiquei com medo de início. Mas alguns comentários me animaram a escrever mais. Era incrível estar num espaço em que muita gente lê o que você escreve.
Demorei a descobrir o fórum. Quando cheguei lá, aquela infinidade de tópicos me deixou simplesmente encantado. Participei de alguns, fui dando ali os meus palpites. Até que um belo dia eu descobri o Poesia On Line. Um mote por dia, sempre dado por alguém diferente. Um verdadeiro desafio, mas num clima ameno e de muita hospitalidade. Depois disso, foi descobrir no fórum os tópicos outros sobre Indrisos, Rondel, Trovas e iniciar a participação neles. Ainda fico devendo Sonetos, acho que tenho que comer muito arroz e feijão para chegar à altura dos feras que por lá se encontram.
Atualmente estou aprendendo noções de Versificação, em tópico aberto para isso, e testemunho a dedicação e a seriedade dos que lá escrevem. Um pouco mais e acho que vou poder educar os meus versos mais rebeldes, para ver se ficam bonitos.
Eu escrevo assim, pensamento mais palavra, palavra mais escrita e pensamento começa tudo de novo. A poesia me tocou de início com essa coisa que os poetas tem, esse olhar muito particular e interessante para tudo quanto existe. Comecei a ler poesia muito recentemente, questão de uns cinco ou seis anos, e a escrever também. E ler e escrever começou no melhor que pode ter, que é ser por prazer. Autores que leio? Isso não importa muito. Eu me sinto uma criança que descobre o mundo agora e está aprendendo a falar, andar, essas coisas. Caminhando para o entardecer da minha vida, aprendi a beleza prometida da manhã vindoura. A hora mais apropriada para eu descobrir que eu poderia viver sem ler ou escrever poesia. Mas, tenho certeza disso, a vida não teria a mesma bela e grata emoção que tem tido.
Peço desculpas por me furtar a citar nomes aqui, para não ser injusto com alguma possível omissão. Os que visitam minha página e que são por mim visitados sabem do imenso carinho e admiração que tenho por todos. Todos os meus sinceros agradecimentos seriam muito pouco para o tanto que sinto que lhes devo.
Que nós sejamos capazes de tornar a poesia ainda mais plausível e humana, para que nessa plausibilidade e humanidade nos tornemos tão poetas quanto humanos.
Eu diria muito mais. Mas espero que minha poesia seja capaz de dizer isso por mim.


Meu abraço a todos!
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 22/09/2010
Reeditado em 01/08/2021
Código do texto: T2514696
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.