Herói para sempre
Herói para sempre
Quantas vezes fiz gazeta
Deixando de ir à escola
Os livros faziam a baliza
Do gostoso jogo da bola.
Chegava em casa suado
Alegando atraso do bonde
A caneta ainda nova,
Perdia-a, não sei onde.
No lugar do estalo seco
Da ponta do velho couro
No rosto sentia o calor
Das palavras doces de ouro.
Mas um dia a vida cessou
E sua alma, levou a morte
E eu, que pude conhece-lo,
Agradeço a Deus esta sorte.
Sinto falta das palavras
E daquela bronca que dói
Descanse ao lado dos anjos,
Meu PAI amigo, meu herói.
Haroldo P. Barboza - V. Isabel/RJ