Herói para sempre

Herói para sempre

Quantas vezes fiz gazeta

Deixando de ir à escola

Os livros faziam a baliza

Do gostoso jogo da bola.

Chegava em casa suado

Alegando atraso do bonde

A caneta ainda nova,

Perdia-a, não sei onde.

No lugar do estalo seco

Da ponta do velho couro

No rosto sentia o calor

Das palavras doces de ouro.

Mas um dia a vida cessou

E sua alma, levou a morte

E eu, que pude conhece-lo,

Agradeço a Deus esta sorte.

Sinto falta das palavras

E daquela bronca que dói

Descanse ao lado dos anjos,

Meu PAI amigo, meu herói.

Haroldo P. Barboza - V. Isabel/RJ

Haroldo
Enviado por Haroldo em 07/08/2010
Código do texto: T2423496