São João
São João
Balança a saia ‘chique’ da prenda caipira, vestida de óculos escuros, peruca – vestida de felicidade.
É São João! Queima a fogueira que aquece corações carentes de uma dança diferente,
Quadrilha que dança ao som da gaita santa da pomba do céu,
Batismo de um Batista que se fez nas águas, fontes das vidas do universo sem véu.
Casamento caipira, festejo da colheita da fertilidade, do solstício de inverno.
Aquece a cabeça apenas o chapéu, acaba a tristeza, acaba o estresse,
O remendo da roupagem do corpo denso é o remendo de um mero trapo,
Melhor é a fogueira do Espírito Santo que queima para toda a messe.
Esquenta o quentão que aquece o peito da dama querida que desfila, feito quero-quero,
Feito grãos de amendoim, conta-se o tempo que passa rápido – quando é bom...
Passagem forçada pelas bandeirinhas do mundo, divisão desnecessária de tudo.
O vinho é bebido através dos tempos – é o sangue dos santos.
Acaba a festa no frio da noite quente, começa, na manhã da noite fria.
Viva a São João! Dancemos na festa da existência! Viva a vida!