MENINA MOÇA
Brejeiras e tão singelas
Vai a menina moça
Feito cerejeira que desabrocha
Vira mulher a menina-donzela
Em plena primavera
Vejo-a desabrochar feito flor
Ofertando o seu pólen
Ao primeiro colibri beijador
Esperando ser fecundada
Num ciclo natural da vida
Sem remorsos e sem pecados
Numa passiva e lasciva entrega
Assustada segue sem medo a cerejeira
Entregando o pólen – é seu destino –
Rápidos são seus orgasmos – puros desatinos –
E em cada toque um suspiro de amor...
(21.05.10)
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(*) Texto inspirado na ciranda de Carmem Cacau sobre o Sakurá