Mãe... Mães!

Seu corpo, o laboratório vivo da minha existência

e alimento do meu corpo infante...

Suas palavras, o laboratório de meu caráter.

Sua renúncia aos próprios sonhos e objetivos de vida

para dar apoio, vida às minhas quimeras,

é exemplo a seguir para criar meus filhos,

ajudar meus semelhantes.

O desapego ao bem estar material

para que eu prosseguisse minha jornada

são marcas perenes na minha alma.

Até o desassossego físico, mental e espiritual

que muitas vezes lhe impingi

eu o vi transformado em suspiros, abraços e sorrisos de alívio

quando me via bem de saúde

ou tornando ao alvorecer de uma noite festiva,

ou da entrega e saída da escola no primeiro dia de aula

(o dia em que realmente começou a me entregar ao mundo)...

Pelo que apreendi, tenho certeza das alegrias

que depositei no seu coração,

seguindo o caminho certo ao honrar tudo me ensinou,

seja nas conversas tranquilas, seja exortando-me no erro,

seja, sobretudo, nos marcantes exemplos silenciosos.

Toda essa simbiose foi a oportunidade, a felicidade

de nos termos para todo o Sempre.

Mãe,

são tantas como você,

Mães

tão diferentes, tão únicas e tão iguais

por que carregam em si algo sagrado, transcendental

insubstituível, indelegável... –

uma fugaz parcela do grande Amor de Deus!

Angela Togeiro