Celebração
Lílian Maial
Não te afastes dos caminhos dos meus passos,
Que eu te cuido e te protejo das sombras!
Vem pra meus braços, o certo e o errado,
Vem pra meus lábios, o lacre e o escombro!
Não te quedes de amores por aléias
Onde a terra se abre por teus pés!
Segue as pistas e os rastros dos meus olhos,
Ama o amor, sem pergunta e sem resposta.
Não te deixes deixar-me pelos dias!
Pelas noites, me toma em tuas mãos.
Prende o ar e partilha as agonias,
Faz da luta outro passo de amanhã.
Não te enganes com risos e perfumes,
Belas tendas, jardins e alvoradas,
Que uma flor não nasce sem se abrir,
E o espinho protege seu botão.
Não te sintas tão só, que eu não me sinto,
E ao meu lado teu medo esquece o escuro.
Lê meus olhos e a música do sangue,
Que semeia a terra em seiva e força.
Hoje sou a mãe das eras, mãe das águas, mãe dos dias!
Festeja o canto dos pássaros,
Celebra o ninho dos sonhos,
E torna cálidos o apego e o se dar!
Deixa que eu cuide das tormentas,
Que acalme as procelas e que faça dormir,
Menino e homem,
No colo da mãe vida.
Dança sobre meu ventre,
Sobre minha força, sobre minha sina,
E alegra a manhã com teu riso,
Que meu solo te energiza a coragem,
Que minha coragem é o esteio do teu combate,
E meu corpo, a casa do teu descanso.
Vem banhar-te no lago do meu prazer,
Terreno sagrado, desejo profano,
Última gota da tua sede.
Ara a terra fértil da verdade
E escancara as fendas da certeza,
Que é de enxadas e terra que se planta a semente,
E é de chuva e calor que se brota fruto!
Não te voltes para outras sendas,
Nem te esqueças do caminho da clareza,
Que meus olhos só se turvarão de abandono,
Da falta da mão estendida,
Da ausência do ombro à espera,
Da sombra do que não seria.
Não te negues o meu nome!
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Lílian Maial
Não te afastes dos caminhos dos meus passos,
Que eu te cuido e te protejo das sombras!
Vem pra meus braços, o certo e o errado,
Vem pra meus lábios, o lacre e o escombro!
Não te quedes de amores por aléias
Onde a terra se abre por teus pés!
Segue as pistas e os rastros dos meus olhos,
Ama o amor, sem pergunta e sem resposta.
Não te deixes deixar-me pelos dias!
Pelas noites, me toma em tuas mãos.
Prende o ar e partilha as agonias,
Faz da luta outro passo de amanhã.
Não te enganes com risos e perfumes,
Belas tendas, jardins e alvoradas,
Que uma flor não nasce sem se abrir,
E o espinho protege seu botão.
Não te sintas tão só, que eu não me sinto,
E ao meu lado teu medo esquece o escuro.
Lê meus olhos e a música do sangue,
Que semeia a terra em seiva e força.
Hoje sou a mãe das eras, mãe das águas, mãe dos dias!
Festeja o canto dos pássaros,
Celebra o ninho dos sonhos,
E torna cálidos o apego e o se dar!
Deixa que eu cuide das tormentas,
Que acalme as procelas e que faça dormir,
Menino e homem,
No colo da mãe vida.
Dança sobre meu ventre,
Sobre minha força, sobre minha sina,
E alegra a manhã com teu riso,
Que meu solo te energiza a coragem,
Que minha coragem é o esteio do teu combate,
E meu corpo, a casa do teu descanso.
Vem banhar-te no lago do meu prazer,
Terreno sagrado, desejo profano,
Última gota da tua sede.
Ara a terra fértil da verdade
E escancara as fendas da certeza,
Que é de enxadas e terra que se planta a semente,
E é de chuva e calor que se brota fruto!
Não te voltes para outras sendas,
Nem te esqueças do caminho da clareza,
Que meus olhos só se turvarão de abandono,
Da falta da mão estendida,
Da ausência do ombro à espera,
Da sombra do que não seria.
Não te negues o meu nome!
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