DUAS MIL NOITES







Duas mil poesias

Posta no aquário

(...) duas mil noites que vejo a taça transbordar

Barulho do mar... E mergulho na onda

E fico a olhar o papel que contém meus sentimentos

Alimento da alma

Rede de emoções de amar

- a casa de infinito alegrar

Tem-me às mãos

E eu não tenho medo de falar de expressar-me






Dois anos

Que abro a máquina que respira informações exatas

E me ata






Duas mil poesias...

E todas elas

Rasgam a madeira

O metal

A pedra azul




Duas mil poesias

Que os dedos escrevem

E todas as manhãs

Abrem a blusa

E fere profundo

O mundo






Duas mil poesias...

Todas elas escritas

Com lampejo

E a folhagem

Vira estrelas






Duas mil poesias...

E o meu poema

Arrasta-se entre

Vozes e rosas cálidas






Duas mil poesias...

Escandalosas ou não

Mas tem vontade de subir até ao céu

E sonhar com a lua

E na raiz do encanto

Cristalizar-se




(...) duas mil poesias

Que querem

Romper o extenso silêncio

E prevê o profeta sorri tranquilo

ETERNAMENTE...







Aos meus dois mil escritos
Que ferem a madeira o metal a pedra azul...
Feitos com o sangue suor e sal da minha vida.
Albert Araújo.
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 03/04/2010
Reeditado em 03/04/2010
Código do texto: T2174461
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.