Poesia

Quando a tua boca em flor se abre

Derramam-se beijos nas curvas do tempo

Nenhuma maçã mais é pecado

E todo homem é, apenas, um menino

Quisera, sim! Homero também te ver

Além das vestes de Safo, retalhos, amor, clausura...

Que tal o céu sem o fulgor da Estrela Vésper

Ou a terra sem garantir teu berço esplêndido?

Ah, me perdoa! Perdoa estes meus pensamentos...

Estas palavras tão frias lembrando o mármore

É que eu não posso te apensar o meu coração

Pois é com ele que digo o que não penso

E o que lhe escrevo não lhe é suficiente

Para fazer de mim o teu poema único

Então me calo! Calada sou avesso disso tudo:

Avesso dos meus versos pelo avesso...

Assim, não sou poeta. Eu te mereço?

Vera Verá
Enviado por Vera Verá em 14/03/2010
Reeditado em 28/06/2011
Código do texto: T2137158
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