Poesia
Quando a tua boca em flor se abre
Derramam-se beijos nas curvas do tempo
Nenhuma maçã mais é pecado
E todo homem é, apenas, um menino
Quisera, sim! Homero também te ver
Além das vestes de Safo, retalhos, amor, clausura...
Que tal o céu sem o fulgor da Estrela Vésper
Ou a terra sem garantir teu berço esplêndido?
Ah, me perdoa! Perdoa estes meus pensamentos...
Estas palavras tão frias lembrando o mármore
É que eu não posso te apensar o meu coração
Pois é com ele que digo o que não penso
E o que lhe escrevo não lhe é suficiente
Para fazer de mim o teu poema único
Então me calo! Calada sou avesso disso tudo:
Avesso dos meus versos pelo avesso...
Assim, não sou poeta. Eu te mereço?