Menina Eterna
A primeira da década,
Saliente pétala,
Há de ser branda,
Imaculadamente branca!
Carregada de positividade,
De construtiva eletricidade,
Despojada de todo tipo de cobrança,
Cravejada de esperança.
Chega sob aplausos,
Em um já iluminado palco.
Chega um pouco tímida,
Eterna menina!
Plena de vida,
Enriquecida na pureza
De uma inspiração incontida,
Embebida em delicadeza.
Já sabe o seu papel:
Apontar para o céu,
Elevar,
Enlevar!
Vem com a responsabilidade
Do afeto conquistado,
Do teto estrelado,
Do compromisso com a verdade!
Está determinada
A guiar a estrada.
Está infinitamente grávida,
Totalmente ávida.
É bioluminescente!
Primeiro elo da corrente.
Quer-se envolvente,
Adequadamente eloquente!
A primeira poesia
Nem esperou pelo dia,
Invadiu a madrugada,
Persistente e determinada.
Trouxe o recado
Que tudo vai dar certo:
Bastando, apenas, permanecer desperto,
Caminhando reto,
De peito aberto,
Cada vez mais simplificado,
Mais e mais emocionado...
Desmistificando todas as fronteiras!
Desintegrando todas as barreiras,
Com sua cadência faceira.
E sua luminosidade certeira!