SOBRE O ANO VELHO
Um forte aroma de café me mostra que ainda estou aqui. Que ainda é ano velho...
Penso que será assim para sempre – o fantasma de 2009 ficará para sempre preso em meus pensamentos.
A mobilidade deste mês deixa marcas indeléveis – agora, estou aqui em preto e branco novamente. Um pouco sombra e um pouco luz.
Ainda não sei por quanto tempo permanecerei assim, à meia luz daquilo que eu quero. Tudo me parece ser tão fácil, assim como tomar cuidadosamente um gole deste café quente e perceber a sua solubilidade, a sua perfeita união com água e açúcar.
A vida poderia ser assim – um cafezinho bem saboreado.
Infelizmente as coisas não procedem desta maneira. O ano esta no final – morrendo, diriam algumas pessoas, enquanto eu apenas olho a vida um pouco ressabiada.
Deveria fazer um balanço das horas boas e ruins – salientando cada uma delas, digo, as boas coisas, os bons momentos. Contudo, sei, que tive bons momentos e maus momentos, para cada momento eu dei um “nome”, eram "Realizações Pessoais", "Trabalho", "Decepções" e "Amor"– cheguei mesmo a escrever num bloco de recados (post it) e colar no meu espelho.
Mas ontem, ontem eu tremi as mãos quando tive que retirar um dos papéis. Um nome que eu queria fizesse parte do meu Ano Novo, quiçá da minha vida.
Ontem eu me senti um pouco na sombra de mim mesma. Me percebi além dos 40 anos e vi que ainda me emociono tal qual aos 15anos. Meu coração não sabe desta diferença e ainda me deixa voar em busca de sonhos que não me pertencem mais. Não estou me referindo a velhos sonhos, coisas velhas – e sim deste mês. Deste mês de dezembro e de alguns dias cheios de risadas e sonhos.
Agora, o cheiro e o sabor do café me mostram que eu estou aqui e que o ano esta no final e percebo que tudo continua como antes – tudo dentro de mim está como antes e que a possibilidade de mudar as coisas ainda está em minhas mãos, embora sejam os meus olhos e o meu coração que ditem as regras.
Vou terminar o café... E me sentar para ver o Ano Novo acordar e fazer brilhar os meus olhos no clarão dos fogos.
Um forte aroma de café me mostra que ainda estou aqui. Que ainda é ano velho...
Penso que será assim para sempre – o fantasma de 2009 ficará para sempre preso em meus pensamentos.
A mobilidade deste mês deixa marcas indeléveis – agora, estou aqui em preto e branco novamente. Um pouco sombra e um pouco luz.
Ainda não sei por quanto tempo permanecerei assim, à meia luz daquilo que eu quero. Tudo me parece ser tão fácil, assim como tomar cuidadosamente um gole deste café quente e perceber a sua solubilidade, a sua perfeita união com água e açúcar.
A vida poderia ser assim – um cafezinho bem saboreado.
Infelizmente as coisas não procedem desta maneira. O ano esta no final – morrendo, diriam algumas pessoas, enquanto eu apenas olho a vida um pouco ressabiada.
Deveria fazer um balanço das horas boas e ruins – salientando cada uma delas, digo, as boas coisas, os bons momentos. Contudo, sei, que tive bons momentos e maus momentos, para cada momento eu dei um “nome”, eram "Realizações Pessoais", "Trabalho", "Decepções" e "Amor"– cheguei mesmo a escrever num bloco de recados (post it) e colar no meu espelho.
Mas ontem, ontem eu tremi as mãos quando tive que retirar um dos papéis. Um nome que eu queria fizesse parte do meu Ano Novo, quiçá da minha vida.
Ontem eu me senti um pouco na sombra de mim mesma. Me percebi além dos 40 anos e vi que ainda me emociono tal qual aos 15anos. Meu coração não sabe desta diferença e ainda me deixa voar em busca de sonhos que não me pertencem mais. Não estou me referindo a velhos sonhos, coisas velhas – e sim deste mês. Deste mês de dezembro e de alguns dias cheios de risadas e sonhos.
Agora, o cheiro e o sabor do café me mostram que eu estou aqui e que o ano esta no final e percebo que tudo continua como antes – tudo dentro de mim está como antes e que a possibilidade de mudar as coisas ainda está em minhas mãos, embora sejam os meus olhos e o meu coração que ditem as regras.
Vou terminar o café... E me sentar para ver o Ano Novo acordar e fazer brilhar os meus olhos no clarão dos fogos.