O Corpo do Natal.
É quase Natal.
Na vitrine qual açougue,
coxas, peitos e bumbuns.
As peruas coloridas
cabeleiras distorcidas,
e, por que não homens nús ?
O amor está na roda,
o valor está na moda.
O prazer e o poder,
são as regras do mercado,
pois não existe pecado
neste lado do equador.
Décimo terceiro mês
dezembro surrealista.
Viva o neo-capitalismo
maravilha consumista.
A burguesia quer mais
presentes sem dimensões
momentos sem emoções.
É quase final
de ano. Reveion.
Enquanto isso,
papai noel desempregado
viaja ao supermercado.
Vai comprar sua cesta básica
de plástico, mágica, de Natal.
Álvaro Francisco Frazão.