A GUILHERME DE ALMEIDA
Como escrever sobre tal poeta
Se tenho a pena presa e tão pobre?
Falar de um poeta altivo e nobre,
Sem ter palavras lindas e seletas?
Onde irei buscar a tal inspiração
Valendo pelo menos um soneto?
Só recorrendo aos deuses num dueto
Pra me soprar talento ao coração!
E eles me disseram: Queda-te só,
Transforme teu talento em ouro em pó,
Sobre ele escreverás assim, somente.
Talvez me ajude um elfo ou uma nereida
Para enfim, a Guilherme de Almeida,
Deixar o meu tributo permanente!
“O sabor mais sutil, a cor mais louca” (1)
Sabe ao coração que o admira.
Teu verso tange a alma como lira
Em alegria desusada e não pouca!
“Irás pensando pelo teu caminho” (2)
No céu dos poetas onde estás,
Que serias para nós chama fugaz,
Ou um pássaro que abandona o ninho?
“Ah! Só Deus sabe! Só nós dois sabemos!” (3)
Como eu o leio! Como nós todos lemos
A maravilha que é tua obra inteira!
Bendito és, poeta imortal
Campinas: “De minha terra natal!” (4)
A glória única e verdadeira!!!
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Os versos grifados em “negrito” pertencem aos poemas de
Guilherme de Almeida, abaixo relacionados:
(1) Harmonia Velha (2) Nós
(3) Indiferença (4) Canção do Expedicionário
(Concurso Biblioteca "Adir Gigliotti" - 4º lugar - 2008)