SÃO JOÃO NA MINHA TERRA
Nessa festa de euforia, o fogo queima a lenha
e meu coração. Fogos a brilhar o céu que na
noite estrelada mostram luzes brilhantes.
A zabumba toca na rima do triangulo e o fole
a soprar o amor a tocar. Sem essa maestria
e foguear, nunca sabe o brilho como surgirá.
É na rima ou na cantada que a dança
começa a esquentar. Surge o padre
a teatralizar o casamento do matuto fujão.
Sobe e desce entre passos ritimados
a festa começa a brilhar. No gogó do cantador
as notas musicais em harmonia a entoar.
Minha terra, minha lavoura como canta
o sabiá é por ti e pelo suor, sinto o destino
a fazer minha passagem. Não sei onde meu
Santo vai guardar, as rezas que na missa
fiz nos dominicais. Mais minha certeza há
de vingar, meu amor por ti Maria não vai findar.