DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
HOJE, 13 DE JUNHO, É A DATA DEDICADA A LÍNGUA PORTUGUESA,
IMPORTANTE PARA TODOS NÓS QUE GOSTAMOS DE ESCREVER.
PARA HOMENAGEÁ-LA ESTOU POSTANDO AQUI O SONETO DE OLAVO
BILAC, LÍNGUA PORTUGUESA. ESTÁ NO ORIGINAL DA ÉPOCA, MUITAS MUDANÇAS, A LÍNGUA SOFREU, DEPOIS DA SUA PRIMEIRA PUBLICAÇÃO.
LÍNGUA PORTUGUESA
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
OBS: ATENTEM BEM PARA A CONSTRUÇÃO DA POESIA,
PRINCIPALMENTE ÀQUELES QUE GOSTAM DE ESCREVER
SONETOS.
Aqui vai a minha homenagem, a língua mãe, nesta singela poesia.
NO SILÊNCIO DAS PALAVRAS
Quantas promessas são ditas,
em um ritual mais silencioso,
com um reverencial precioso,
e sempre são, as mais bonitas.
Guardados, dentro do coração,
estão todos os nossos segredos,
com “chaves de ouro”, por medo,
que possam roubar nossa paixão.
Somente o silêncio tem o poder,
de sobrepujar qualquer fraqueza,
usando-o com a maior franqueza,
em tudo o que não se pode dizer.
Marco Orsi
13.06.2009
HOJE, 13 DE JUNHO, É A DATA DEDICADA A LÍNGUA PORTUGUESA,
IMPORTANTE PARA TODOS NÓS QUE GOSTAMOS DE ESCREVER.
PARA HOMENAGEÁ-LA ESTOU POSTANDO AQUI O SONETO DE OLAVO
BILAC, LÍNGUA PORTUGUESA. ESTÁ NO ORIGINAL DA ÉPOCA, MUITAS MUDANÇAS, A LÍNGUA SOFREU, DEPOIS DA SUA PRIMEIRA PUBLICAÇÃO.
LÍNGUA PORTUGUESA
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
OBS: ATENTEM BEM PARA A CONSTRUÇÃO DA POESIA,
PRINCIPALMENTE ÀQUELES QUE GOSTAM DE ESCREVER
SONETOS.
Aqui vai a minha homenagem, a língua mãe, nesta singela poesia.
NO SILÊNCIO DAS PALAVRAS
Quantas promessas são ditas,
em um ritual mais silencioso,
com um reverencial precioso,
e sempre são, as mais bonitas.
Guardados, dentro do coração,
estão todos os nossos segredos,
com “chaves de ouro”, por medo,
que possam roubar nossa paixão.
Somente o silêncio tem o poder,
de sobrepujar qualquer fraqueza,
usando-o com a maior franqueza,
em tudo o que não se pode dizer.
Marco Orsi
13.06.2009