MÃE!
Amo a minha mãe,
não pela doçura de suas palavras
ou pela maciez de seus afagos.
Amo a minha mãe
pelas suas repreensões,
pelos seus puxões de orelha.
Explico.
Hoje estou no mundo.
Às vezes me falta a certeza
e o saber aonde ir.
Fico zanzando pela rua
e meio que sem esperança.
No fundo da alma espero
a minha mãe aparecer à janela
de nossa casa na periferia
e gritar:
- Vem para dentro, menino!
Que a noite não tarda a chegar...