Dia do índio

Filho da pátria

Você não serra os galhos

Que guardam o orvalho da noite

Não mancha a água que bebe

E ao solo não aplica o açoite.

Não precisou passar na escola

Cheia de teoria e vazia de pureza

Apenas ouvindo os antepassados

Aprendeu a preservar a Natureza.

Os consumidores diplomados

Pagam pela autodestruição

Você recebe o sustento de graça

Pela graça que traz no coração.

Aquele que deseja ofende-lo

Diz que índio é cabeça de vento

Pobre espírito que blasfema

E longe da vida passa o tempo.

A sociedade não lhe dá título

Para votar no próprio Brasil

A criança só curte índígena

No curto dezenove de abril.

Haroldo P. Barboza - Vila Isabel/RJ

Autor do livro: Brinque e cresça feliz!

Haroldo
Enviado por Haroldo em 17/04/2009
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