Dia do índio
Filho da pátria
Você não serra os galhos
Que guardam o orvalho da noite
Não mancha a água que bebe
E ao solo não aplica o açoite.
Não precisou passar na escola
Cheia de teoria e vazia de pureza
Apenas ouvindo os antepassados
Aprendeu a preservar a Natureza.
Os consumidores diplomados
Pagam pela autodestruição
Você recebe o sustento de graça
Pela graça que traz no coração.
Aquele que deseja ofende-lo
Diz que índio é cabeça de vento
Pobre espírito que blasfema
E longe da vida passa o tempo.
A sociedade não lhe dá título
Para votar no próprio Brasil
A criança só curte índígena
No curto dezenove de abril.
Haroldo P. Barboza - Vila Isabel/RJ
Autor do livro: Brinque e cresça feliz!