O TEMPO, O RELÓGIO E O ANO NOVO.
De quando em quando,
com o tempo sempre andando,
a vida neste planeta
a um fato importante está sujeita.
Fato dentro da eternidade
que, nos dizeres do poeta, em verdade,
é um relógio sem ponteiros.
Porém, entre nós, pela vida passageiros,
o relógio tem ponteiros.
Ponteiros, desde segundos, o tempo dividindo
e as horas, dias, meses, anos, - registrando
e após doze meses, avisando
que o ano velho está partindo,
já que o ano novo está chegando.
Neste desencontro,
haverá para o velho o adeus da despedida
e para o novo, a chegada tão curtida.
No derradeiro dia de dezembro,
24 horas transcorridas,
atrás do grande, o menor ponteiro às escondidas.
Segundos mais, no relógio é um novo dia,
no meio do alvoroço e da alegria.
Feliz chegada ao ano que está vindo,
contrastando com o adeus ao ano findo.
O ano velho, ao final de sua viagem,
o que leva na bagagem?
Leva esperas, promessas com desejos,
leva sonhos, ilusões com seus gracejos.
Acontece que foram tantos os pedidos,
que muitos dos pedintes não foram atendidos.
Mas, nesse vai-vem, pensando bem,
eu acho que o ano velho deixa o que não fez
para o ano novo, em sua vez.