Mágico rubro...

Adega empoeirada de absorções acumuladas
Aspirações enternecidas manuseadas nas caves
Mágico rubi de longicuos parreirais.
Colhidos e pisoteados por mãos e pés humildes,
Envelhecido em tonéis de carvalho ...
Árvore forte de semente tão frágil!
Na escuridão envelhecendo espera ser libado
No rótulo contando histórias de tantos antepassados,
Abrolham aos cachos ,árvores cortiças, rolhas e vidros colorados ...De bocas insaciáveis de paladares acentuados. De fragrância definida no mágico rubro provado. Chegas a mim oh! Vinho de remotos parreirais. Seu rubro aos olhos encanta,seu aroma entorpece ,quem admira as ramas que a padieira vida clama. Brindas horas amantes no seco sabor da espera, Consorte nostálgico nas composições minutadas...
No semear de meus versos nas taças cristalizadas .
Nas emoções marcadas nos rótulos de ti guardadas
Na conclusão de meus descompassos e passos
Prestímanos rubros domador de procelas estro de Baco!
Deleita-me excitando, amanhando abarcamentos
Sugado no sortilégio nas alamedas percorridas ao tocar-me o palato. Acaloras meu corpo embebedando os hormônios, Nos lábios sorvendo em hausto na taça boca amante. Na sonata rubra no bailar das línguas
No aroma que inebria preliminares devassados,
Dos corpos atraídos por intensa mandraca no bálsamo exalado. Degustado nas volúpias explodindo ávidos no bruxedo rubro. Na seca garrafa vislumbro a rolha atirada, nas taças as marcas dos osculados, embriagados amantes ...
Rendição de amor ! Ruborizado nas gotas suadas nos corpos sugados. Solfejar de veleidades exacerbadas pelo vinho de Baco “Mágico Rubro”...

“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
23/09/2005 


Obs: Grata a todos vocês, por terem acolhido nesse jardim, a semente que germina aqui! O meu mais belo sorriso ... Angela Lara por ter batizado o nome...
 " A Poetisa dos Ventos", ao Luiz Guerra a quem devo esse momento! Eu sou o que eu sou!!!!! Meu agradecimento.

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 09/04/2006
Reeditado em 11/04/2006
Código do texto: T136369