Para meu pai
Há tantas coisas que te digo no silêncio
Nos passos que trilho
Que em ti se espelham
Nas linhas que traço
Que contigo aprenderam
A engendrar-se no espaço
Do papel em branco.
Em mim vive a herança
Que deixaste
Este intenso amor pela palavra
E se muito não te digo
Em mim teu pensamento vive
E estou sempre contigo.
Para meu pai, Antonio Saraiva, cujo amor pelos livros incentivou-me a escrever.