PARA ELA...

Até quando alguém pode ser feliz
e ter junto de si, o amor que almeja?
Ao viver essa vida por um triz,
enfrentar com coragem a peleja,
sem querer, encontrar o que mais quis;
entender que nem tudo se planeja,

pois quem sabe, do mundo, o bem que almeja,
dá valor ao querer, a ser feliz,
ou quiçá, entre as formas de peleja,
vai perder os seus rumos por um triz?
Se por falta de ordem não planeja,
sem controle, só encontra o que não quis.

Ao buscar bom futuro vai, peleja,
e desfaz os perigos por um triz,
mas nem tudo saiu como ela quis...
Incansável, transforma o que planeja
na procura do bem que mais almeja,
na esperança de um dia ser feliz.

Quase chega a tocá-lo. Por um triz!
Mas fugiu, sem coragem, da peleja.
Então sabe. Um amor não se planeja
e até diz: - O destino foi quem quis.
Mas amar vai tornar alguém feliz?
Ser feliz, isso é tudo que se almeja?

No futuro ela pensa, então planeja
alcançar o seu sonho, pois já quis
desistir, postergar... Não mais almeja,
não encontra a saída: foi feliz
pelo tempo, a fugir-lhe por um triz;
sucumbiu, foi mais fraca que a peleja!

Os dilemas viveu, pois assim quis...
Entregou-se ao acaso e não planeja,
não procura. Quê importa ser feliz?
Ser feliz é pois algo que se almeja?
O que importa é que em meio a tal peleja,
nessa vida, se viva por um triz.

Sou feliz, ela diz, e não planeja,
nem almeja o seguro e, por um triz,
(quis vencer e) venceu essa peleja.