Querida São Paulo
São Paulo dos prédios de vidros
Dos túneis cor de marfim
Das colunas de aço, da falta de espaço
Dos grandes jardins
São Paulo dos grandes teatros
Das fábricas, da poluição
Também da paciência
E constante sedução
Que abriga enormes favelas
Que mescla culturas em massa
Que se divide com graça
Em largas ruas sem fim
E entre passos apressados
Rostos desconhecidos
São Paulo, muito obrigada
Por mais um dia vivido