Descrença
Tantas cores estranhas e sensações alucinantes
O medo é tão presente
Temo não poder mais temer
Vejo flores voarem para longe de mim
Neste campo solitário
Não sou uma árvore forte
Vibrante pela própria solidão
Angústia e culpas alheias
O que vejo não é pior do que sinto
Meu coração é quem escurece os meus amores
Meus olhos nem tentam mais chorar
O fim de tudo o que gosto é culpa minha
O fogo não queima mais que a traição
O auto-flagelo de uma ignorância
O fim parece um sonho
Nada parece buscar o céu infinito
Verdade mentirosa que me cerca
Meu interior tem vergonha de se mostrar
Acreditar em mim mesmo
Parece mais um ato de fé...