A Memória Deixa-se Embalar
Reconstruís bons e maus sentimentos,
pois ora rogas, ora te negas
anjo demônio sempre em refregas
delírios tantos, quantas tristezas
rubra alegria; roxo martírio
mas ainda sendo contraditório
sublime e feito de desvario
Que a vida abranja nela se arda
E seja eterna essa contenda
Jamais a estéril indiferença.
Maria Petronilho
Lisboa, 3/9/2004